quarta-feira, 20 de março de 2013

RITOS POÉTICOS - IV - CANTILENA

Na filosofia do gesso
a Razão vira do avesso
quem nasceu por acaso
em fundos de prato raso,
em figuras de estilos,
nas cantilenas dos grilos
que não se cansam de rugas
nem do peso que alugas
aos factos do corpo velho
e aos pactos da quietude
que, ao nada, aconselho
e, ao tudo, que mude
sob alarmes de pujança
e rituais de elegância
que, na profunda esperança,
são esperas de arrogância.
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Manuscrito de 25 de Setembro de 2011, escrito no El Corte Inglês.
Revisto e postado, em 20 de Março de 2013, na Biblioteca Nacional de Lisboa, entre as 15H28 e as 15H36.

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