quinta-feira, 28 de março de 2013

CORPO SONETÁRIO - IV - ARTE VIVA

Desconheço a que pranto me assoo,
se ao passado que não se entende,
se ao futuro que nada aprende,
se a este presente a quem me doo.

Reconheço que o canto que entoo
não fabrica o sonho que se vende,
é a realidade que se estende
a toda a arte viva do voo.

E se a génese do caos vigilante
sobreviver ao estado distante,
toda a ética do passo incerto

será o misticismo florescente
e o sopro da cadência decadente
na pestilência do verbo deserto.
Jorge Manuel Brasil Mesquita
manuscrito de 28 de Março de 2013, escrito na Biblioteca Nacional de Lisboa, entre as 14H10 e as 14H45
Postado, no blogue, em 28 de Março de 2013, na Biblioteca Nacional de Lisboa, entre as 14H25 e as 14H47.

Sem comentários:

Enviar um comentário